Presidente do Senado devolve MP do PIS/Cofins em nova derrota para o ministro Fernando Haddad. Medida gera polêmica e críticas.

Em mais um capítulo da disputa entre o governo e o Congresso Nacional, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou nesta terça-feira (11) a devolução da Medida Provisória do PIS/Cofins, proposta pelo Ministério da Fazenda e encabeçada pelo ministro Fernando Haddad. A medida, intitulada pelo governo como “MP do Equilíbrio Fiscal”, tinha como objetivo limitar o uso de créditos tributários de PIS/Cofins pelas empresas para compensar os impactos financeiros da desoneração da folha de pagamentos.

Essa decisão de devolução da MP foi vista como uma derrota para o ministro Haddad, que enfrenta resistência tanto do Legislativo quanto do setor empresarial em relação a essa medida. Os parlamentares e empresários alegavam que a restrição dos créditos tributários aumentaria os custos do setor produtivo, ferindo o princípio de não cumulatividade dos impostos, e batizaram a medida de “MP do Retrocesso” e “MP do Fim do Mundo”.

A MP do PIS/Cofins atuava em duas frentes: restringindo o uso de créditos na aquisição de insumos e limitando o crédito presumido do PIS/Cofins. Essas medidas geraram críticas e polêmicas, levando o presidente do Senado a devolver os artigos que tratavam dos créditos de PIS/Cofins, anulando assim parte da medida.

A justificativa do governo para essa medida era bancar os custos da desoneração da folha de pagamento. A expectativa era arrecadar até R$ 29,2 bilhões em 2024 com essa MP, valor mais que suficiente para cobrir a renúncia fiscal resultante da desoneração.

Diante da devolução da medida pelo Senado, o presidente do Legislativo, Rodrigo Pacheco, minimizou as adversidades com o Executivo e destacou que a decisão foi tomada com respeito às prerrogativas do presidente. Agora, cabe ao governo e aos parlamentares encontrar um novo caminho para alcançar o equilíbrio fiscal desejado sem prejudicar o setor produtivo e a economia como um todo.

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