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Presidente do Quênia recua e não assina polêmico projeto de lei financeiro de 2024 após intensos protestos populares

Em um pronunciamento televisionado, o presidente do Quênia, Ruto, anunciou sua decisão de não assinar o projeto de lei financeiro de 2024, atendendo aos apelos da população. Após ouvir as demandas do povo queniano, que se manifestou contra as medidas fiscais propostas, Ruto afirmou que o projeto será posteriormente retirado.

Essa decisão representa uma vitória significativa para o movimento de protesto que ganhou força nas últimas semanas, passando de críticas online aos aumentos de impostos para manifestações de massa exigindo uma reforma política. A crise enfrentada pela Presidência de Ruto, que já perdura dois anos, atingiu um novo patamar com as recentes manifestações e a rejeição do projeto de lei financeiro.

Para lidar com a situação financeira do país, Ruto anunciou que iniciará um diálogo com a juventude queniana e implementará medidas de austeridade, incluindo cortes no orçamento da Presidência. Essas ações são uma tentativa de equilibrar as finanças do país e atender às demandas dos cidadãos, ao mesmo tempo em que atendem às exigências dos credores, como o FMI, que pedem a redução do déficit.

Embora essa decisão possa aliviar a pressão e evitar mais agitação no curto prazo, Ruto continua enfrentando desafios diante das demandas divergentes de seu povo e dos credores internacionais. Os protestos que se espalharam por vários condados do Quênia, incluindo a cidade natal de Ruto, Eldoret, refletem a insatisfação generalizada com as políticas econômicas do governo.

Com a retirada do projeto de lei financeiro de 2024 e a promessa de diálogo e medidas de austeridade, o presidente Ruto busca contornar a crise política e econômica que atinge o Quênia. A reação do povo e a pressão dos manifestantes continuam a moldar o cenário político do país, enquanto a presidência busca encontrar um equilíbrio entre as demandas populares e as necessidades financeiras.

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