Presidente do Chile anuncia uso de Inteligência Artificial para encontrar presos desaparecidos durante a ditadura de Pinochet

O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou em uma conferência nesta segunda-feira (15) que o Estado chileno utilizará a Inteligência Artificial (IA) para ajudar a localizar mais de 1.000 pessoas desaparecidas durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). O mandatário destacou o papel da IA no Plano Nacional de Busca de presos desaparecidos, ressaltando a importância da tecnologia para o desenvolvimento do país.

Durante a inauguração do Congresso Futuro, o presidente Boric declarou que a Inteligência Artificial terá um papel crucial no esforço do governo de buscar os 1.162 presos desaparecidos da ditadura. Este é um movimento inédito e importante, pois é a primeira vez que o Estado chileno assume a responsabilidade de localizar essas pessoas.

A utilização da IA para cruzar informações e tentar localizar esses desaparecidos é uma abordagem inovadora e que reflete o avanço da tecnologia no campo dos direitos humanos. Através da análise de dados e informações, a IA pode ajudar a identificar padrões ou locais que possam levar ao paradeiro dessas pessoas, trazendo respostas e justiça para suas famílias.

Este anúncio evidencia o compromisso do governo chileno com a justiça e a memória das vítimas da ditadura, demonstrando a disposição de utilizar a tecnologia a favor da busca pela verdade e da reparação às famílias afetadas. Além disso, sinaliza a importância crescente da IA em questões sociais e políticas, expandindo seu uso para além do âmbito comercial e científico.

Espera-se que a implementação da IA no plano de busca de presos desaparecidos traga resultados significativos e contribua para a resolução de um dos capítulos mais sombrios da história recente do Chile. O uso da tecnologia para questões humanitárias demonstra como a inovação pode ser aplicada para fins progressistas e solidários, visando trazer justiça e encerramento para as vítimas e suas famílias.

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