Durante o 1º Fórum Internacional da Esfera Brasil, em Paris, Mercadante destacou que o FAT foi inicialmente criado com o objetivo de amparar os trabalhadores e financiar o emprego. Segundo ele, o fundo utiliza recursos do PIS e Pasep para financiar o seguro-desemprego, o abono salarial e o BNDES.
O Ministério do Trabalho vem defendendo a devolução de R$ 80 bilhões ao FAT até 2032, por meio da Reforma Tributária em discussão no Senado. Essa iniciativa visa fortalecer ainda mais o BNDES, visto que o fundo se tornou uma fonte de financiamento barata para as linhas de crédito da instituição.
No entanto, Mercadante criticou a gestão do governo anterior, acusando-o de tentar esvaziar o BNDES em diversas ocasiões. Ele ressaltou a importância do fundo para o desenvolvimento do banco de fomento e do país como um todo.
Por outro lado, o pesquisador associado do Insper e colunista da Folha, Marcos Mendes, criticou a proposta do Ministério do Trabalho, afirmando que ela representa um retrocesso e uma verdadeira contrarreforma da Previdência.
O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, negou que o FAT tenha o objetivo de financiar a Previdência e argumentou que, ao fazer isso, o fundo perde a capacidade de financiar projetos que aumentem a receita da Previdência.
Sergio Leite, representante dos trabalhadores no Codefat (Conselho Deliberativo do FAT) e vice-presidente da Força Sindical, afirmou que a reversão da mudança feita em 2019 é essencial para a sobrevivência do fundo. Ele também ressaltou a preocupação do BNDES com o financiamento futuro do banco e destacou a parceria entre o banco de desenvolvimento e o Ministério do Trabalho nesse debate.
Em resumo, a proposta de acabar com o financiamento da Previdência pelo FAT tem gerado controvérsias entre os envolvidos. Enquanto Mercadante acredita que essa medida é essencial para preservar o BNDES, Mendes a considera um retrocesso. O embate entre essas posições evidencia a importância e o impacto dessa proposta para a economia e o desenvolvimento do país.
