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Presidente do ANC afirma que pode negociar com qualquer partido em busca de coligação após eleições na África do Sul

Neste sábado, a contagem dos votos do pleito eleitoral de quarta-feira alcançou sua fase final na África do Sul, com resultados que revelam um cenário político diverso e fragmentado. O partido governante, o Congresso Nacional Africano (ANC), conquistou 40,21% dos votos, mantendo-se como a maior força política do país.

No entanto, o ANC viu sua dominância ser desafiada por outros partidos. A Aliança Democrática (DA) obteve 21,80% dos votos, enquanto o uMkhonto we Sizwe (MK), liderado pelo ex-presidente Jacob Zuma, conquistou 14,60%. Além disso, os Combatentes pela Liberdade Econômica (EFF), liderados por Julius Malema, alcançaram 9,48% dos votos.

Julius Malema, em declaração à imprensa no centro de resultados, afirmou sua intenção de negociar com o ANC para um possível acordo de coligação. Ele destacou que o objetivo é “humilhar o ANC” e reduzir sua predominância política. Apesar disso, a formação de uma maioria sem a inclusão de outro partido nas negociações atuais parece improvável.

Desde a votação histórica de 1994, que encerrou o governo da minoria branca na África do Sul, o ANC tem sido o vencedor de todas as eleições nacionais com ampla margem. No entanto, nos últimos anos, o partido tem enfrentado um declínio em seu apoio, devido à estagnação econômica, ao aumento do desemprego e à deterioração das infraestruturas do país.

Diante desse cenário político complexo, as negociações para formação de coligações e alianças pós-eleitorais se tornam cruciais para definir o rumo do país nos próximos anos. O presidente do ANC e atual ministro das Minas e da Energia, Gwede Mantashe, afirmou que o partido está aberto a dialogar com todas as forças políticas, sem mencionar explicitamente com quem estão sendo feitas as negociações. A incerteza paira sobre o futuro político da África do Sul, enquanto as conversações e alianças políticas se desenrolam nos bastidores do poder.

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