Repórter São Paulo – SP – Brasil

Presidente deposto de Honduras destaca avanços em discurso de posse; oposição contesta dados sobre redução da pobreza.

A ex-primeira-dama de Honduras, Xiomara Castro, fez declarações sobre as realizações de seu governo durante uma entrevista recente. Ela afirmou que seu governo impulsionou “o maior investimento em infraestrutura da história” e aumentou o orçamento para setores-chave como educação, saúde, segurança e grupos vulneráveis.

De acordo com Castro, o resultado desses esforços é uma verdadeira redução da pobreza no país, citando um relatório do Instituto Nacional de Estatísticas que indicou uma redução de dez pontos na pobreza. Quando assumiu a presidência em janeiro de 2022, aproximadamente 74% dos quase dez milhões de habitantes do país estavam em situação de pobreza.

Além disso, ela afirmou que o governo está cumprindo os compromissos relacionados ao orçamento e à “onerosa dívida” que seu governo “herdou”, que totaliza 17 bilhões de dólares, cerca de 50% do PIB.

Ao mesmo tempo, Castro não poupou críticas aos governos anteriores, liderados pelo agora opositor Partido Nacional (PN, direita), acusando-os de levar o país “a um abismo, à migração em massa”, à “pobreza, violência e uma dívida insustentável”. O PN governou em dois períodos (2014-2018 e 2018-2022) liderado pelo ex-presidente Juan Orlando Hernández, que atualmente está preso nos Estados Unidos por tráfico de drogas.

As declarações de Castro vêm em meio a um contexto de turbulência política em Honduras, com disputas acaloradas entre facções políticas rivais e um histórico de instabilidade. A afirmação de uma redução significativa da pobreza e dos esforços para cumprir as obrigações financeiras pode ter como objetivo reforçar a imagem do governo diante da oposição e da opinião pública.

No entanto, é importante observar que as reivindicações de Castro podem ser contestadas ou questionadas por diferentes setores da sociedade e da política hondurenha. A situação permanece fluida e sujeita a várias interpretações e análises. A maneira como o governo lida com esses desafios e como as ações futuras são percebidas terão um impacto significativo no país e em sua relação com outros atores internacionais.

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