No caso da Venezuela, Prates mencionou o lago de Maracaibo como uma oportunidade de parceria. Localizado a noroeste do país, o lago foi por décadas um importante centro de produção petrolífera. No entanto, atualmente está dominado pela poluição, derramamento de petróleo e despejo de resíduos. Prates argumentou que a Venezuela precisa de ajuda imediata para recuperar o lago e que a Petrobras poderia desempenhar um papel importante nesse processo.
Em relação a Cuba, embora o país não produza petróleo, Prates enxerga oportunidades no setor de energias renováveis. Segundo ele, Havana tem uma carência significativa de produtos derivados e a Petrobras é bem vista nessa região. Prates destacou a importância do mercado caribenho e a relevância de uma parceria com Cuba nesse contexto.
Além disso, Prates mencionou as estatais petroleiras da Noruega (Equinor) e da Malásia (Petronas) como possíveis parceiros. O presidente da Petrobras também revelou que receberá o secretário-geral da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Haitan Al Ghais, para discutir oportunidades de colaboração.
Em outro contexto, Prates também falou sobre o plano de comunicação da Petrobras com os veículos de mídia independentes e progressistas do Brasil. Ele reconheceu o “isolamento” que a empresa enfrentou durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, sem nenhum contato com o público ou consumidores finais. Prates ressaltou a importância de compreender a rotina e o trabalho das redações jornalísticas, destacando a necessidade de informar a população sobre os assuntos técnicos da Petrobras.
O objetivo desse plano de comunicação é também gerar reconhecimento sobre a empresa nas novas gerações, que frequentemente associam a Petrobras apenas ao combustível e à gasolina, sem compreender sua importância como uma grande empresa que contribui para o desenvolvimento do Brasil.
O presidente da Petrobras demonstrou uma perspectiva ampla sobre as possibilidades de parcerias e a importância da comunicação com a sociedade. Ele destacou a necessidade de superar as divergências políticas em prol de interesses econômicos e energéticos, lembrando que a Venezuela e Cuba são países vizinhos com potencial para cooperação. Prates demonstra uma abordagem pragmática ao buscar oportunidades de crescimento e desenvolvimento para a Petrobras.
