Segundo o presidente da estatal, “geopoliticamente, faz todo o sentido para a Petrobras e para o Brasil voltar a olhar para os dois países vizinhos mais ricos em reservas de hidrocarbonetos, Bolívia e Venezuela. Não é porque os regimes sejam amigos ou não, durem mais ou menos, é porque faz sentido geopolítico”. Fica claro que Prates defende a necessidade de estreitar laços com nações que possuem recursos significativos no setor petrolífero, independentemente das questões políticas envolvidas.
No entanto, Prates também fez questão de ressaltar que a Petrobras não pode carregar a Venezuela nas costas. Ou seja, embora seja favorável a uma maior aproximação com o país vizinho, Prates enfatiza que a estatal brasileira não pode assumir sozinha a responsabilidade pelos problemas enfrentados pela Venezuela.
Durante a entrevista, Prates foi questionado sobre o impacto geopolítico que os investimentos na Venezuela poderiam ter. Ele reforçou a ideia de que é estrategicamente vantajoso olhar para países como Bolívia e Venezuela, devido às suas riquezas em reservas de petróleo.
A bancada de entrevistadores do programa foi composta por Mônica Ciarelli, chefe da sucursal do Estadão e Agência Estado no Rio de Janeiro; Mariana Durão, repórter da Agência Bloomberg no Rio de Janeiro; Mônica Scaramuzzo, repórter especial do Valor Econômico; Juliana Rosa, comentarista de Economia do Grupo Band; e Nicola Pamplona, repórter da Folha de S. Paulo.
O programa foi apresentado por Vera Magalhães e foi transmitido ao vivo pela TV Cultura, no site oficial da emissora, no aplicativo Cultura Play e nas redes sociais como Twitter, YouTube, Tik Tok e Facebook.
Em meio às possíveis mudanças no cenário político da Venezuela e às incertezas sobre a sustentabilidade do regime de Nicolás Maduro, é fundamental acompanhar de perto as relações comerciais entre os dois países. Resta aguardar os desdobramentos dessa entrevista e a repercussão das declarações de Jean Paul Prates.