Presidente da Fepal afirma que Palestina é invencível e denuncia genocídio e colapso social e econômico no país

No último sábado, durante um ato em São Paulo em solidariedade à Palestina e contra a violência do Estado de Israel, lideranças palestinas e representantes de movimentos sociais denunciaram o genocídio que vem ocorrendo na região. Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), afirmou que a Palestina é invencível, apesar das inúmeras crianças e mulheres palestinas que já perderam suas vidas.

Segundo Rabah, o número de vítimas chega a aproximadamente 5.000 crianças e 3.000 mulheres palestinas assassinadas ou desaparecidas. Ele enfatizou que isso evidencia um programa claro de genocídio e uma tentativa de esterilização em massa da sociedade palestina, além de um colapso econômico, social, político e democrático pela matança.

Rabah também fez duras críticas ao sionismo, afirmando que esse movimento preconizou o nazismo com outro nome muito antes de Adolf Hitler. De acordo com ele, o objetivo do sionismo é promover um modelo de assentamento colonial e substituição da população palestina por meio do genocídio. Ele questionou onde esse modelo será aplicado caso triunfe na Palestina.

Outra voz presente no ato foi a de Regina Santos, representante do Movimento Negro Unificado, que relacionou o genocídio palestino à realidade dos afrodescendentes no Brasil. Ela ressaltou a semelhança entre a falta de condições de vida enfrentada pelo povo palestino e pelo povo negro no país. Santos declarou que é necessário que o povo brasileiro lute contra o genocídio promovido pelo Estado de Israel e contra a violência do Estado brasileiro.

Maria Fernanda Marcelino, integrante da executiva da Marcha Mundial das Mulheres, pediu o fim da guerra e denunciou que todas as guerras são patriarcais e contra a humanidade. Ela destacou que, além da Palestina, as periferias brasileiras também são alvos desse tipo de violência. Marcelino ressaltou que o movimento feminista é contra as guerras, mas defende o direito de autodefesa dos povos e o direito de existir de todas as populações.

O padre Júlio Lancellotti também marcou presença e protestou contra o Estado de Israel, acusando-o de covardia. Ele afirmou que o direito de defesa não consiste em matar e criticou os parlamentares e brasileiros sionistas que defendem o governo israelense. Lancellotti se colocou como palestino e desafiou os covardes a enfrentá-lo.

O ato em São Paulo foi mais uma demonstração de solidariedade ao povo palestino e de repúdio à violência perpetrada pelo Estado de Israel. As lideranças presentes ressaltaram a importância de lutar contra o genocídio e a favor da paz e do respeito aos direitos humanos. Acreditam que a Palestina é invencível e que, juntos, são capazes de libertar não só esse território, mas também o mundo do sionismo, do colonialismo e do regime de apartheid.

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