Presidente da Enel afirma à CPI que não há marco regulatório para ressarcimento por danos morais aos clientes de São Paulo.

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel nesta quarta-feira, 29, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o presidente da companhia no Estado, Max Xavier Lins, enfrentou questionamentos sobre a falta de um marco regulatório no setor elétrico que disponha sobre ressarcimento por danos morais aos clientes. A CPI cobra da empresa um plano para indenizar os paulistanos que ficaram sem energia elétrica no início de novembro, em um apagão que durou vários dias em algumas regiões, causando sérios transtornos.

O prazo dado pela CPI para a entrega do plano era terça-feira, 28, e Lins alegou que não houve tempo hábil para a elaboração. No entanto, se comprometeu a entregar um plano de ressarcimento até o dia 6 de dezembro e afirmou que os termos dessa proposta ainda estão sendo definidos. De acordo com os membros da CPI, a expectativa é que a empresa pague aos clientes prejudicados os valores mínimos de R$ 5 para pessoa física e R$ 15 pessoa jurídica, já que cerca de 2 milhões de paulistas ficaram sem eletricidade por várias horas no início do mês.

Além disso, na última semana, a Enel Brasil anunciou a troca do comando da empresa no País, indicando o executivo Antonio Scala para substituir Nicola Cotugno, que deixou a companhia depois de cinco anos no cargo. No entanto, Scala ainda não assumiu a função, e enquanto isso, Guilherme Lencastre ocupa interinamente a presidência da companhia.

A CPI aprovou o requerimento que pede a convocação de Lencastre, no dia 7 de dezembro, para prestar esclarecimentos sobre qual será o posicionamento da empresa a partir de agora. A expectativa é que ele forneça informações sobre as ações que a Enel Brasil planeja tomar para lidar com a situação atual e melhorar a prestação de serviços à população, considerando os problemas ocorridos no início de novembro.

Diante dos desafios enfrentados pela Enel Brasil, a pressão da CPI continua em busca de respostas e soluções que garantam a segurança e a qualidade do fornecimento de energia para os consumidores paulistas. A população aguarda as ações da empresa e aguarda por uma resposta que atenda às expectativas de todos os afetados pelo problema do apagão.

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