Repórter São Paulo – SP – Brasil

Presidente da Câmara retorna a Brasília para articular votações e discutir veto de R$ 5,6 bilhões às emendas parlamentares.

Após o retorno a Brasília no último domingo (28), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se prepara para articular as votações a partir da próxima semana, quando o Congresso retoma as atividades. Ainda não há uma reunião formal convocada para discutir os principais temas deste início de segundo semestre, como o veto de R$ 5,6 bilhões a emendas parlamentares previstas no Orçamento de 2024, mas aliados do presidente da Câmara e deputados governistas pretendem se encontrar com Lira antes do fim do recesso.

De acordo com informações de bastidores, Lira tem afirmado que a Câmara tem maioria para derrubar o veto de Lula às emendas, anunciado na semana passada. A baixa execução das emendas no fim do ano passado reforça a tendência de derrubada do veto, o que garantiria mais recursos para deputados e senadores abastecerem suas bases políticas em ano eleitoral.

No entanto, ainda não há uma previsão de quando esse veto será votado, pois depende de uma sessão do Congresso a ser convocada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ainda assim, integrantes do governo têm buscado informar aos líderes parlamentares um cenário de dificuldade orçamentária que precisa ser considerado.

Além disso, os encontros com Lira sobre a retomada das atividades da Câmara também devem tratar da medida provisória editada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que reonera a folha de pagamentos de setores da economia, gerando fortes críticas entre deputados e senadores.

Por outro lado, a operação da Polícia Federal da última quinta-feira (25), com mandados de busca e apreensão devido ao suposto uso político da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) contra adversários políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deu impulso para projetos que afetam diretamente o STF (Supremo Tribunal Federal). Ainda não há confirmação sobre a rapidez com que esses projetos avançarão, mas eles podem ser usados como recado ao Supremo, dependendo das articulações entre a cúpula da Câmara e líderes nos próximos dias.

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