Em uma entrevista à Globonews, Lira enfatizou que a política é a arte de conviver com opiniões divergentes e que não concorda com todas as posições defendidas por lideranças do PT, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da Câmara considerou as imagens da discussão entre os dois parlamentares e as vaias da oposição a Lula como prejudiciais à imagem do parlamento.
Lira também cobrou que as lideranças dos partidos envolvidos tomassem as medidas cabíveis e destacou a importância de preservar o decoro parlamentar, afirmando que o incidente ofuscou a promulgação da reforma tributária, que foi uma conquista significativa para o Parlamento.
O episódio em questão envolveu Quaquá agredindo Messias Donato dentro do plenário da Câmara, após Donato intervir enquanto Quaquá se dirigia a deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Donato alega que ele e seus aliados estavam exercendo seu papel de oposição ao governo ao vaiar Lula, quando Quaquá se aproximou deles e começou a proferir termos homofóbicos e ofensivos. Donato afirmou que encostou em Quaquá para impedir a agressão e recebeu um tapa em resposta. Tanto Donato quanto Quaquá pretendem encaminhar representações ao Conselho de Ética da Câmara em relação ao incidente.
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), considerou o incidente grave, apesar de ainda não ter recebido representações sobre o caso. Ele ressaltou que o Conselho só age mediante provocação.
Diante disso, a questão marca um momento de tensão e desordem no cenário político, evidenciando a falta de decoro e a polarização predominante no Congresso Nacional. A atitude agressiva de parlamentares durante uma sessão tão relevante para a legislação do país levanta questionamentos sobre a postura dos representantes eleitos e sua capacidade de conduzir o processo legislativo de forma responsável e respeitosa. Sendo assim, é importante que as lideranças políticas atuem de maneira efetiva para coibir a reincidência de incidentes desse tipo.
Com esse episódio, a confiança da população na classe política é mais uma vez colocada em xeque, exigindo uma resposta clara e firme por parte das autoridades responsáveis pela manutenção da ordem no âmbito legislativo.
