Milei, que assumiu o cargo em dezembro do ano passado, desvalorizou a taxa oficial em mais de 50%. Ele havia anteriormente mencionado a expectativa de eliminar os controles em meados de 2024 como parte de um plano radical de transformar a economia argentina em uma das mais livres do mundo.
Apesar de ter equilibrado o orçamento e reduzido a inflação mensal, que chegou a 4,2% em agosto, os preços subiram 237% nos últimos 12 meses. A economia do país contraiu por três trimestres consecutivos, enquanto o preço do dólar no mercado negro caiu desde julho.
Milei expressou frustração com investidores que cobram uma data específica para a remoção dos controles cambiais, argumentando que as condições para isso dependem em grande parte do comportamento do setor privado. Ele ainda afirmou que a eliminação dos controles não depende de um acordo com o FMI, ao qual a Argentina deve US$ 43 bilhões.
O ministro da economia, Luis Caputo, defendeu a posição do governo ao considerar iniciar negociações com o FMI para um novo pacote de empréstimo. Ele também destacou a importância de não desvalorizar a moeda novamente e buscar alternativas, como crescer, alcançar um superávit fiscal e reduzir impostos.
Caputo enfatizou que a economia está melhorando com as políticas de Milei, e que é importante não cometer erros anteriores, como os gastos excessivos do governo peronista anterior. A decisão de remover os controles cambiais será tomada de forma cautelosa, levando em consideração o cenário econômico e as condições do mercado argentino.