Repórter São Paulo – SP – Brasil

Presidente argentino anuncia fechamento da agência estatal de notícias Télam em discurso legislativo – polêmica gira em torno do histórico kirchnerista.

No discurso de abertura das sessões extraordinárias perante a Assembleia Legislativa na sexta-feira (1º), o presidente argentino Javier Milei surpreendeu ao anunciar o fechamento da agência estatal de notícias Télam. O mandatário destacou que a decisão foi tomada devido ao uso da agência como meio de propaganda kirchnerista nas últimas décadas, em clara referência à ex-presidente Cristina Kirchner.

Com 78 anos de história, a Télam se tornou alvo de críticas e acusações de parcialidade ao longo dos anos, o que culminou no pronunciamento de Milei sobre o encerramento de suas atividades. Embora tenha comunicado a decisão, o presidente não entrou em detalhes sobre como se dará o processo de fechamento da agência.

A notícia gerou debates e divisões de opiniões dentro e fora do governo argentino. Enquanto alguns apoiaram a medida como forma de assegurar a imparcialidade e a transparência na produção de informações, outros criticaram a decisão, alegando censura e retrocesso no que tange à liberdade de imprensa.

Além disso, a ação de Milei levantou questionamentos sobre o futuro do jornalismo estatal na Argentina e a possibilidade de surgirem novas iniciativas para suprir a lacuna deixada pelo fechamento da Télam. Ainda é incerto como será conduzido o processo e quais serão os impactos dessa mudança no cenário midiático do país.

Diante desse cenário de incertezas e polêmicas, é fundamental acompanhar de perto os desdobramentos dessa decisão e suas consequências para o jornalismo argentino e para a liberdade de expressão no país. O fechamento da Télam marca um ponto de inflexão na relação entre o governo e a imprensa, deixando em aberto o debate sobre o papel e a independência dos veículos de comunicação no contexto político atual.

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