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Prefeitura de SP entra na Justiça do Trabalho para garantir frota mínima durante greve dos funcionários de ônibus

A Prefeitura de São Paulo tomou uma medida drástica diante da iminência da greve dos funcionários das empresas de ônibus da capital paulista. Nesta terça-feira, 4 de junho, entrou com um pedido na Justiça do Trabalho para que a frota dos coletivos funcione com 100% dos veículos nos horários de pico e 80% nos demais períodos do dia durante a paralisação marcada para a próxima sexta-feira, 7.

A ação foi movida no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, através da SPTrans e da Procuradoria Geral do Município (PGM). Em resposta ao pedido da Prefeitura, o desembargador Davi Furtado Meirelles convocou uma audiência de conciliação entre as partes para esta quarta-feira, 5, às 16h.

Segundo o despacho do desembargador, a intenção é evitar a deflagração do movimento grevista, que afetaria um grande contingente de passageiros diários, estimado em 4,3 milhões de pessoas, de acordo com estudos da SPTrans. A audiência visa buscar uma solução para a situação e garantir a continuidade do transporte público na cidade.

Representantes do SindMotoristas, sindicato dos trabalhadores, afirmam que irão acatar qualquer decisão da Justiça e cumprir as determinações. Nailton Porreta, diretor do sindicato, declarou que os trabalhadores estão dispostos a operar com 100% da frota se a Prefeitura conceder tarifa zero para a população.

A paralisação está marcada para começar à 0h de sexta-feira e terá duração de 24 horas. Espera-se que cerca de 60 mil funcionários, incluindo motoristas, cobradores e operadores de manutenção, adiram ao movimento, impactando o funcionamento das linhas de ônibus na capital. A SPTrans alerta que a greve pode afetar os planos de milhões de pessoas que utilizam o transporte público diariamente na cidade.

Além das questões salariais, os sindicatos dos trabalhadores reivindicam a reposição das perdas durante a pandemia e um aumento real nos vencimentos. Os patrões propuseram uma correção de 2,77%, o que foi rejeitado pelos trabalhadores. A expectativa é que a audiência de conciliação traga uma solução para evitar a greve e garantir a mobilidade dos cidadãos paulistanos.

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