Prefeitura de São Paulo paga R$ 5,52 por garrafa de água mineral distribuída no Carnaval, quase o dobro do mercado.

A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) causou polêmica ao pagar o equivalente a R$ 5,52 por cada garrafa de água mineral distribuída aos profissionais que trabalharam no Carnaval de São Paulo deste ano. O custo chamou atenção por representar quase o dobro do que é praticado no mercado, já que o valor unitário normalmente varia em torno de R$ 2,92.

A Prefeitura de São Paulo gastou R$ 1.391.040,00 por 252 mil garrafas de água mineral, compradas da empresa AMBP Promoções e Eventos, que venceu a licitação para fornecer água e alimentos para os funcionários municipais. Além das garrafas de água, a empresa forneceu 95,6 mil kits de lanches, que custaram quase R$ 2 milhões.

Helena Mastroianni de Lemos Britto, sócia da empresa, refutou a possibilidade de sobrepreço, alegando que o valor de R$ 5,52 por garrafa de água se deve à inflação no período carnavalesco, além da complexidade logística e distribuição em vários pontos. A empresária mencionou que os ambulantes também vendiam a água por R$ 5.

A Secretaria Municipal das Subprefeituras justificou o custo das garrafas de água afirmando que estão embutidos no valor os gastos com logística e distribuição, impostos e mão de obra. A nota da Secretaria também destacou que a gestão abriu licitação no ano passado, mas o processo foi finalizado como “fracassado” devido à recusa das empresas em fornecer água com os preços estabelecidos pelo município.

De acordo com a prefeitura, a empresa AMBP venceu a licitação e realizou a distribuição dos produtos, além de fornecer os kits de lanches, que custaram entre R$ 20,92 e R$ 23,01 cada. No entanto, a justificativa do valor elevado das garrafas de água e dos kits de lanches continua gerando controvérsias e levantando questionamentos sobre o uso adequado dos recursos públicos.

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