Prefeitura de São Paulo estima perda de R$ 280 milhões com tarifa zero de ônibus aos domingos, gerando impasse com governo estadual.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou que a prefeitura de São Paulo deixará de arrecadar cerca de R$ 280 milhões com a implementação da tarifa zero nos ônibus municipais aos domingos. Segundo o prefeito, a medida visa ampliar a atividade econômica da cidade nesse dia da semana, gerando mais oportunidades de trabalho e renda para os comerciantes locais.

Com a gratuidade nos ônibus aos domingos, Nunes acredita que mais pessoas poderão circular pela cidade, aumentando as vendas de produtos como água, pipoca e algodão-doce. Ele ressalta que a medida visa incentivar a economia local e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

No entanto, a implementação da tarifa zero tem gerado impasse com o governo estadual, responsável pelo transporte sobre trilhos. O ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu o reajuste na tarifa, que desde 2020 está em R$ 4,40. O prefeito afirmou que conversou com o governador e que estão “integrados”, mas não mencionou a possibilidade de gratuidade no Metrô e na CPTM, argumentando que as linhas municipais atendem toda a cidade.

Além disso, a prefeitura ressaltou que, sem o reajuste no valor da passagem, tem pago mais pelos subsídios às empresas de ônibus. Em 2022, a gestão Nunes desembolsou R$ 5,1 bilhões para subsidiar o transporte público na cidade.

A tarifa zero será aplicada das 0h às 23h59 nos domingos, com a utilização da catraca, diferente do procedimento adotado nos dias de aplicação do ENEM, quando os passageiros embarcam pela porta traseira.

Tarcísio de Freitas ainda não se pronunciou sobre as declarações do prefeito Nunes, mas o impasse entre a prefeitura e o governo estadual promete continuar, já que a implementação da tarifa zero gera preocupações com relação ao financiamento do transporte público na cidade. O impacto financeiro e a viabilidade econômica da medida devem continuar sendo debatidos entre as partes envolvidas.

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