A crise teve início após Jair Bolsonaro (PL) elogiar o rival de Nunes, Pablo Marçal (PRTB), o que gerou estranheza por parte do prefeito. Segundo Nunes, Marçal, um influenciador que já criticou o ex-presidente e seus filhos no passado, não seria a escolha ideal de Bolsonaro. No entanto, o prefeito revelou que seu vice, o coronel Mello de Araújo (PL), se reuniu com Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro (PL) para debater o assunto e que agora está tudo resolvido.
Durante a entrevista, Nunes afirmou que houve um mal-entendido e que Bolsonaro teria sido mal interpretado. O presidente teria se comprometido a apoiar a candidatura de Nunes. No entanto, em uma entrevista na quinta-feira, Bolsonaro declarou que Nunes não era seu “candidato dos sonhos” e elogiou Marçal por sua eloquência e inteligência.
Além disso, outro ponto de atrito entre Nunes e a família Bolsonaro foi o apoio do prefeito à candidatura de Joice Hasselmann (Podemos), considerada traidora pelo bolsonarismo. Eduardo Bolsonaro criticou a atitude de Nunes, afirmando que ele “cava a própria sepultura” ao agir dessa forma.
Aliados de Nunes estão preocupados com o crescimento de Marçal entre os eleitores bolsonaristas e atuam para evitar que o candidato do PRTB ganhe força nas pesquisas eleitorais. Defendem que Nunes, mesmo não sendo bolsonarista, agiu de forma correta desde o início da aliança com Bolsonaro. No entanto, um aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) recomendou que Nunes seja mais claro sobre sua posição conservadora para conquistar os eleitores do ex-presidente e evitar possíveis desentendimentos futuros.
Em suma, a situação entre Nunes e a família Bolsonaro parece ter se acalmado após a conversa entre o prefeito e a ex-primeira-dama. Resta aguardar os desdobramentos das próximas semanas para saber se a aliança entre os dois grupos políticos se manterá firme até as eleições.
