O acordo com Otoni de Paula envolveu algumas condições, sendo uma delas o veto a qualquer nome do PT na vaga de vice na chapa de Paes. Além disso, O deputado bolsonarista também exigiu que a campanha não atacasse o ex-presidente Bolsonaro, mesmo em meio a provocações políticas.
Essa articulação acontece em um momento crucial da campanha de Paes, que lidera com folga as pesquisas eleitorais. Segundo a pesquisa divulgada pela Quaest, o prefeito registra 51% das intenções de voto, enquanto seus principais concorrentes, Alexandre Ramagem (PL) e Tarcísio Motta (PSOL), possuem 11% e 8%, respectivamente.
A entrada de Otoni de Paula na campanha de Paes ganha ainda mais relevância após o rompimento do prefeito com o Republicanos, seu único aliado à direita do espectro político. Paes decidiu exonerar indicados do partido na estrutura municipal e cancelar contratos com ONGs vinculadas a figuras como Eduardo Cunha.
O deputado bolsonarista destacou em carta aos seus eleitores a importância desse apoio a Paes, afirmando que seus compromissos foram prontamente assumidos pelo prefeito. Além das questões políticas, Otoni também solicitou investimentos em segurança pública, combate à “ideologia de gênero” nas escolas e parcerias com instituições religiosas para a recuperação de dependentes químicos.
Essa aliança fortalece a estratégia de Paes em ampliar seu espectro político e evitar uma vinculação direta de sua candidatura com o presidente Lula. Ainda não foi definido o nome do vice na chapa, mas a presença de Otoni de Paula representa um passo importante nesse processo de articulação e consolidação da base eleitoral de Paes.