Há um receio de que a manifestação se transforme em um ato em que, além de exigir a saída e até mesmo a prisão de Moraes, a multidão possa aclamar o ex-coach e candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB) e vaiar o próprio prefeito Nunes. Mesmo apoiadores de Bolsonaro que estão envolvidos na mobilização para o protesto preveem que a vaia contra Nunes pode ser monumental e histórica, o que preocupa seus correligionários pela repercussão que isso poderia gerar em sua campanha.
A possibilidade de vaias e manifestações contra o prefeito Nunes não está necessariamente ligada à sua presença e até mesmo a presença de Marçal, que ainda não confirmou sua participação no ato, mesmo após o convite feito por Bolsonaro em um vídeo. Marçal, que possui ações em cortes superiores, estaria analisando a conveniência de participar de um evento em que Moraes será duramente atacado.
Além disso, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, compareceu à posse da desembargadora federal Gabriela Araujo em São Paulo, na última sexta-feira, juntamente com autoridades e personalidades importantes. No entanto, a presença de Janja e a participação de outras figuras de destaque no evento não amenizam a tensão em relação ao protesto do dia 7 de Setembro.
Em meio a esses acontecimentos, a expectativa e a incerteza pairam sobre o evento do dia 7 de Setembro e como ele pode impactar a político e as campanhas eleitorais em São Paulo. A presença de figuras importantes e a possibilidade de manifestações intensas aumentam a tensão em um cenário já polarizado.