Prefeito de São Paulo confirma adesão ao programa cívico-militar proposto pelo governo estadual de Tarcísio de Freitas e gera polêmica.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou recentemente que a cidade irá aderir ao programa de escolas cívico-militares proposto pelo governo do estado. A proposta, que foi aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo, tem causado intensos debates e protestos entre os estudantes da região.

De acordo com o projeto, policiais militares e agentes do Corpo de Bombeiros aposentados serão contratados para realizar funções administrativas e de vigilância nas escolas, além de desenvolver atividades extracurriculares de natureza cívico-militar. Os profissionais da Educação continuarão responsáveis pela parte pedagógica, garantindo a qualidade do ensino.

Essa decisão do prefeito Ricardo Nunes vem após a promessa do governador Tarcísio de Freitas de implementar o modelo cívico-militar em São Paulo, seguindo a iniciativa do presidente Lula de encerrar o programa nacional de fomento a escolas cívico-militares criado por Jair Bolsonaro.

O programa abrangerá escolas públicas estaduais e municipais de ensino fundamental, médio e profissional em São Paulo. A adesão dos municípios será voluntária, com um regime de cooperação financeira e pedagógica. A Secretaria da Educação, chefiada por Renato Feder, será responsável por definir o formato do programa.

As escolas interessadas em adotar o modelo cívico-militar precisarão realizar consultas à comunidade local, assim como um processo seletivo para contratação dos policiais. A quantidade de contratados dependerá da disponibilidade orçamentária do estado e dos municípios envolvidos.

Até o momento, não foram apresentados estudos que comprovem os benefícios educacionais desse modelo, levantando dúvidas sobre seu impacto na formação dos estudantes. A implementação do programa priorizará as unidades educacionais com baixo desempenho no Ideb e localizadas em regiões de vulnerabilidade social. Ainda há muito a se discutir sobre as repercussões e eficácia desse programa, diante das opiniões divididas e dos protestos que têm surgido.

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