Além disso, os promotores identificaram o uso de torres clandestinas de comunicação para captar a frequência da Polícia Militar de São Paulo, permitindo que grupos criminosos antecipem ações policiais. Os prédios, separados por divisórias e com até dez andares, são utilizados para prostituição e consumo de entorpecentes, dividos por categorias conforme o poder aquisitivo do usuário. Nos espaços, há pequenos bares onde as mulheres recebem os clientes e são oferecidos preservativos, lubrificantes e medicamentos para disfunção erétil.
Durante a investigação, foi constatada uma maior movimentação nos dias de semana no horário do almoço comercial, com a presença de homens com uniformes de trabalho. Além disso, foram identificados menores de idade nos ambientes de exploração sexual e denúncias de exploração de mulheres que recebem drogas como pagamento pelos programas.
A operação contou com a participação das polícias Militar, Civil Federal e Rodoviária Federal, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho, Receita Federal, Anatel e Secretaria de Assistência Social do governo. O objetivo é desestruturar o ecossistema de atividades ilícitas na região central de São Paulo, rompendo com o monopólio do PCC. Com uma atuação multidisciplinar, o Gaeco pretende combater crimes como lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, abuso de menores e condições de trabalho análogas à escravidão.