Preços de passagens aéreas para destinos remotos atendidos pela Azul chegam a ser maiores do que em rotas internacionais.

A Azul, companhia aérea brasileira, tem se destacado por atender destinos remotos dos grandes centros urbanos, porém, os preços praticados para essas rotas chegam a ser tão elevados quanto os de voos internacionais. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a tarifa mais cara do mercado é da Azul, com o preço médio do bilhete em agosto sendo de R$765, enquanto Gol e Latam cobraram, respectivamente, R$575 e R$593.

A concorrência com outras grandes companhias aéreas como Latam e Gol em aeroportos onde a Azul atua fez com que a empresa adotasse preços mais baixos para ganhar mercado. Em Congonhas, por exemplo, a Azul conseguiu aumentar a oferta e reduzir preços após sua chegada. No entanto, em destinos remotos, as tarifas praticadas chegam a ser maiores do que os voos internacionais oferecidos pela própria Azul.

No próprio aplicativo da empresa, é possível observar disparidades nos preços, como o trecho entre Viracopos (SP) e Caldas Novas (GO) variando de R$2.966 a R$3.473, enquanto a rota Campinas-Paris oferece passagens por menos de R$2.000. Segundo a companhia, fatores como trecho, sazonalidade, compra antecipada e disponibilidade de assentos afetam os preços, assim como a alta do dólar, preço do combustível de aviação (QAV) e conflitos internacionais.

Em relação aos demais concorrentes, a Azul se destaca pelo número de voos e destinos oferecidos, operando em 150 cidades. No entanto, a empresa enfrenta críticas em relação aos preços elevados em determinadas rotas, o que tem levado os consumidores a questionar o motivo de tarifas mais altas em regiões remotas do país.

Com isso, a Azul tem sido alvo de atenção por conta da discrepância entre os preços praticados em destinos internacionais e em locais remotos no Brasil. A companhia tem se defendido, atribuindo a variação de preços a diferentes fatores e destacando sua liderança em número de voos e destinos como pontos positivos. Entretanto, a polêmica sobre a equidade de preços nas diversas rotas atendidas pela companhia continua em pauta.

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