Repórter São Paulo – SP – Brasil

Pré-julgamentos e desafios: a luta das mulheres por justiça e credibilidade em casos de agressão e abuso sexual

Um dos maiores desafios enfrentados pelas mulheres que sofrem agressões é a descrença em seus relatos, uma situação lamentável e recorrente em casos de violência de gênero. A palavra da vítima muitas vezes é posta em dúvida, questionada e minimizada. Existe a desconfiança de que ela possa estar exagerando, querer prejudicar o agressor ou ainda ter algum interesse político por trás de suas acusações.

Para que a denúncia de abuso por parte das mulheres tenha o mesmo peso do agressor, muitas vezes é necessário que várias vítimas se unam, como foi o caso de pelo menos 14 mulheres que denunciaram abusos no Movimento Me Too. Infelizmente, a cultura do pré-julgamento prejudica a credibilidade das vítimas e dificulta a busca por justiça.

É importante ressaltar que o agressor sexual não possui características específicas como cor, idade ou posição política. A promotora Gabriela Mansur, especialista no combate à violência contra a mulher, destaca que não importa em quem o agressor votou, o que importa é o crime cometido.

No cenário político brasileiro, figuras como Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva também não estão isentas de polêmicas relacionadas ao tratamento das mulheres. Bolsonaro, por exemplo, utilizou insultos às mulheres como plataforma política, o que resultou em rejeição por parte de eleitoras. Por outro lado, Lula, apesar de defender a diversidade, também enfrenta críticas por declarações machistas e pela falta de representatividade feminina em seu governo.

O caso de Silvio de Almeida, que foi demitido após denúncias de abuso, ressalta a importância de uma investigação séria e ágil dos casos de agressão sexual. É fundamental que agressores sexuais, independentemente de sua orientação política, sejam responsabilizados por seus atos. A tolerância zero à violência de gênero deve ser uma prioridade em nossa sociedade.

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