A irmã do brasileiro, Mary Shohat, afirmou que a declaração do presidente trouxe um pouco mais de esperança para a família. Segundo ela, a mãe, com 86 anos de idade, aguarda há mais de 50 dias pelo retorno do filho e espera que o presidente Lula possa fazer algo para trazê-lo de volta.
O pronunciamento de Lula foi uma rara novidade no caso, que, segundo Mary, tem sido marcado por poucas informações novas nas últimas semanas. Ela relatou que um mês após o ataque, o carro de Michel foi encontrado totalmente queimado e seu telefone está sendo analisado. Além disso, um notebook recuperado na Faixa de Gaza é a pista que indica a possível condição de refém dele.
Apesar da declaração do presidente trazer um fio de esperança para a família, as informações e notícias sobre o paradeiro de Michel ainda são escassas. Mary se encontrou com o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, que afirmou que o Brasil está fazendo tudo ao seu alcance para ajudar na libertação do brasileiro e dos demais reféns.
A condução do caso pelo governo brasileiro foi alvo de críticas por parte de Marcos Knobel, presidente da Fisesp (Federação Israelita do Estado de São Paulo), que espera que a diplomacia brasileira atue firmemente para que haja notícias sobre a libertação de Michel e demais reféns.
Após o desaparecimento de Michel, a situação da família tem sido difícil, com as filhas assumindo a responsabilidade dos netos e a mãe sofrendo com as sequelas emocionais da situação. Segundo Mary, a família espera que a possível negociação proposta por Lula resulte no retorno seguro de Michel e de todos os reféns mantidos pelo Hamas. A ansiedade toma conta da família, que aguarda por notícias positivas e a espera pela volta de Michel.