Em seu discurso de posse, Arévalo prometeu que não promoverá agendas políticas por meio da violência e que não permitirá que as instituições funcionem com corrupção. Ele assume a presidência em um momento de grande desafio, pois o país enfrenta altos índices de corrupção e pobreza, com cerca de 60% de seus 17,8 milhões de habitantes vivendo na pobreza. Além disso, a Guatemala é um dos principais países de origem de migrantes que tentam cruzar a fronteira sul dos Estados Unidos.
A posse de Arévalo marca o encerramento de um período de incertezas políticas, que se estende desde a eleição de Arévalo e sua vice, que derrotaram a então favorita ao pleito, a primeira-dama Sandra Torres. No entanto, mesmo com a vitória expressiva nas eleições, o partido de Arévalo conquistou apenas 23 das 160 cadeiras do Legislativo unicameral, o que pode dificultar a atuação do novo governo.
Além disso, o presidente enfrentará resistência dos partidos conservador Vamos, do ex-presidente Alejandro Giammattei, e o UNE, da ex-primeira-dama Sandra Torres, que podem unir forças para atrapalhar os planos do governo. Apesar de ter sido vítima de perseguição jurídica nos últimos meses, Arévalo terá pela frente um mandato até 2028, quando um novo pleito deverá ser realizado no país.
A posse do novo presidente da Guatemala foi acompanhada por representações estrangeiras e reafirmou o compromisso do país com a democracia e a estabilidade política. Bernardo Arévalo terá a árdua tarefa de enfrentar a corrupção e a pobreza e garantir um futuro próspero para a população da Guatemala.