O acordo pré-eleitoral, conhecido como Aliança Democrática (AD), foi descrito pelo PSD como tendo “inspiração e simbolismo históricos”, e visa fortalecer a posição do partido nas próximas eleições. A maioria das pesquisas de opinião coloca o PS, liderado por Pedro Nuno Santos, em pé de igualdade com o PSD, mas uma recente pesquisa mostrou os socialistas com 34,1% das intenções de voto, comparado com os 24,8% do PSD.
Além disso, a aliança também garantiria o retorno do CDS-PP à Assembleia da República de Portugal, após o partido não ter conseguido eleger nenhum parlamentar na última eleição geral em 2022, como afirmou o líder da sigla, Nuno Melo. A perspectiva de uma coalizão semelhante em Portugal, em 1979, obtendo uma maioria parlamentar absoluta no ano seguinte, também tem gerado expectativas e especulações no cenário político.
O cientista político Adelino Maltez avaliou que o CDS-PP, apesar de não ter garantido assentos em 2022, “não estava morto”, e ainda mantinha um nível de apoio público e presença na mídia que convenceu Montenegro a buscar essa aliança.
Assim, a convocação de eleições antecipadas em Portugal não só promete agitar o cenário político nacional, como também fortalecer a posição do PSD, trazendo de volta o CDS-PP para a Assembleia da República. As próximas semanas serão decisivas para o desdobramento do novo acordo pré-eleitoral e seus impactos no destino político do país.