De acordo com o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, as origens da maior parte da soja escoada, Paraná e Mato Grosso do Sul, não devem ter uma quebra tão expressiva quanto a de Mato Grosso, que costuma enviar suas cargas pelos portos de Santos e do Arco Norte. As primeiras movimentações com soja em maior volume devem começar a ocorrer em março, com os vendedores escoando parte da produção na virada do primeiro e segundo trimestres.
Garcia também ressaltou a expectativa de um bom movimento de soja, dependendo do preço no mercado internacional. Ele afirmou que se os preços melhorarem em relação ao ano passado, haverá um movimento mais intenso, seguindo a mesma toada do que foi visto em 2023. Em relação à safra atual, o executivo garantiu que a estrutura do terminal paranaense atenderá às necessidades.
Além disso, em março, o Porto de Paranaguá dará início à construção do projeto chamado “moegão”, com investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a instalação de um sistema de descarga ferroviária de grãos (soja e milho) e farelos, com o objetivo de aumentar a capacidade de desembarque de cargas pelo modal ferroviário de 19% para 63%.
Luiz Fernando Garcia destacou que a obra vai unificar os 11 terminais do Porto de Paranaguá, evitando manobras de composições, o que trará maior eficiência para o transporte de cargas. Com um investimento de R$ 592 milhões, o projeto deve ficar pronto em 20 meses e trará melhorias significativas para a movimentação de grãos nos portos paranaenses.