Repórter São Paulo – SP – Brasil

Por que copiar os movimentos de gestores de fundos multimercado pode não ser a melhor estratégia para os investidores

Movimentos na carteira de gestores de investimentos sempre despertam interesse e curiosidade por parte do público. Um dos casos que chamou a atenção neste mês foi a venda de posição de títulos públicos referenciados ao IPCA pelo renomado gestor Luis Stuhlberger, da Verde Asset. Essa decisão levantou questionamentos sobre as razões por trás de sua ação, principalmente em um cenário de taxas de juros próximas ao máximo da última década.

A Verde Asset é uma das gestoras mais conceituadas do Brasil, com um histórico de rentabilidade impressionante que remonta a 1997. O fundo Verde acumulou um retorno de 24.575,8% desde então, superando em muito o CDI. No entanto, nos últimos cinco anos, o desempenho do fundo em relação à média dos fundos multimercados brasileiros foi menos brilhante, o que levou a uma perda de fidelidade por parte dos investidores.

Os resgates de investidores podem representar um desafio significativo para os gestores de fundos, uma vez que impactam negativamente o patrimônio sob gestão. Isso pode levar a uma necessidade de ajustar a carteira para lidar com a volatilidade e reduzir a propensão a resgates.

No caso da venda dos títulos referenciados ao IPCA, é importante considerar que o horizonte de investimento dos gestores pode diferir do dos investidores individuais. Enquanto um investidor pessoa física pode esperar e se beneficiar do retorno positivo desses títulos a longo prazo, os gestores de fundos multimercados enfrentam a pressão de entregar resultados em prazos mais curtos.

Portanto, é fundamental que os investidores ajam com cautela ao seguir os movimentos de gestores renomados, uma vez que suas estratégias podem não se alinhar com os objetivos individuais de cada investidor. É importante sempre considerar seu próprio horizonte de investimento e estratégia antes de replicar qualquer movimento de mercado.

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