Repórter São Paulo – SP – Brasil

População gaúcha estima que reconstrução pós-enchentes levará pelo menos três anos, aponta pesquisa Datafolha.

Após dois meses do início das enchentes no Rio Grande do Sul, a população gaúcha demonstra preocupação com o tempo necessário para a reconstrução do estado. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha, mais da metade dos gaúchos acredita que será preciso ao menos três anos para que a região se recupere plenamente das inundações que se repetem a cada temporal.

Os dados da pesquisa, que entrevistou 567 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 17 e 22 de junho, revelam que 39% dos entrevistados estimam que serão necessários mais de quatro anos para a reconstrução. Em contrapartida, apenas 5% acreditam que a recuperação será concluída em menos de seis meses.

A pesquisa também abordou a percepção dos gaúchos sobre a volta à normalidade em seu dia a dia após as enchentes. Enquanto 33% dos entrevistados acreditam que um mês será suficiente para retomar a rotina anterior, 74% afirmam que será possível retornar à normalidade em no máximo um ano.

No que diz respeito à reconstrução da infraestrutura do estado, os moradores do interior do Rio Grande do Sul e da região metropolitana de Porto Alegre apresentam pouca variação em suas estimativas de tempo necessários. A maioria acredita que será preciso de um a mais de quatro anos para a reconstrução, demonstrando preocupação com a extensão do processo de recuperação.

Além disso, a pesquisa evidenciou que a população negra e de baixa renda, que foi mais impactada pelas enchentes, também apresenta estimativas mais pessimistas em relação ao tempo necessário para a reconstrução. Enquanto 37% dos entrevistados brancos acreditam que suas famílias conseguirão voltar à normalidade em até um mês, apenas 18% dos entrevistados pretos têm a mesma expectativa.

Diante desses resultados, fica evidente a preocupação da população gaúcha com os desafios e o tempo necessário para a reconstrução do estado após as enchentes que assolaram a região nos últimos meses. A expectativa é de que as autoridades locais atuem de forma eficiente para garantir a recuperação e minimizar os impactos causados pelos desastres naturais.

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