Repórter São Paulo – SP – Brasil

População gaúcha enfrenta dilema entre ficar ou sair após tragédia climática que deixou 177 mortos no Rio Grande do Sul.

Após a tragédia que assolou o Rio Grande do Sul, o estado enfrenta um momento de reconstrução e reflexão. Segundo dados levantados pela Loft, 70% dos gaúchos cogitam permanecer na região, mesmo com os eventos extremos que impactaram a vida da população. O sentimento de reconstrução e a ligação afetiva com a terra natal são apontados como motivos para a permanência.

De acordo com Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft, outro fator que influencia na decisão de permanecer no estado é a questão financeira, especialmente entre a classe A. A população de maior poder aquisitivo demonstrou menos interesse em se mudar, o que pode ser explicado pela representatividade desses grupos sociais no Rio Grande do Sul em comparação com outros estados.

No entanto, as preocupações dos gaúchos aumentaram após a tragédia climática. Cerca de 80% dos moradores do estado agora temem emergências climáticas, especialmente aqueles que tiveram suas casas afetadas pelas enchentes. O medo de viver em áreas de risco, como encostas e morros, é destacado por 67% dos entrevistados que desejam mudar de residência.

Além disso, a proximidade de rios, lagos e represas é um fator determinante para 65% dos gaúchos que pensam em trocar de moradia. Para 55% dos entrevistados, é essencial residir em áreas próximas a sistemas de monitoramento e alerta de eventos climáticos anômalos.

As inundações no Rio Grande do Sul resultaram em 177 mortes, com 37 pessoas ainda desaparecidas. O impacto da tragédia deixou marcas na população local, que busca reconstruir não apenas suas casas, mas também a confiança e a segurança em permanecer em um estado tão castigado pela natureza. A reconstrução, tanto física quanto emocional, se mostra como um desafio para os gaúchos, que buscam se reerguer diante das adversidades.

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