Repórter São Paulo – SP – Brasil

Poluição do ar atinge 99% da população mundial e desafia limites da qualidade do ar estipulados pela OMS.

Repórter: O ar que respiramos está longe de ser saudável para a grande maioria da população mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 99% da população mundial está exposta a níveis de poluentes que excedem os limites considerados seguros para a saúde. Em diversas partes do mundo, a qualidade do ar tem apresentado melhorias significativas graças a políticas de controle da poluição. No entanto, há lugares onde essas melhorias estão ameaçadas, correndo o risco de retrocessos.

Nos Estados Unidos, mais de 25% da população está exposta a níveis de poluição considerados não saudáveis pela Agência de Proteção Ambiental do país. Estima-se que o número de pessoas expostas a dias de alta poluição aumente consideravelmente até 2050, o que coloca em risco a saúde respiratória de milhões de pessoas. Além disso, os piores dias de poluição, classificados como “perigosos” pela EPA, devem aumentar em 27%.

Um dos principais vilões da poluição do ar é o material particulado conhecido como PM2.5, composto por partículas minúsculas que podem provocar inflamações no corpo humano. Essas partículas são formadas por uma mistura de substâncias sólidas e líquidas, incluindo carbono, metais e compostos orgânicos. Estudos apontam que a fumaça de incêndios florestais é uma das principais fontes de poluição por PM2.5 nos Estados Unidos, com impactos especialmente severos para pessoas com condições respiratórias preexistentes e recém-nascidos.

O aumento da frequência e intensidade dos incêndios florestais, associados às mudanças climáticas, tem contribuído significativamente para a piora da qualidade do ar em diversas regiões do mundo. Além dos impactos respiratórios, a poluição do ar também está sendo associada a efeitos negativos sobre a saúde mental e o metabolismo. Estudos indicam que a exposição prolongada à poluição do ar, principalmente às partículas finas como o PM2.5, pode aumentar o risco de obesidade e diabetes tipo 2.

Diante desse cenário preocupante, medidas urgentes são necessárias para reduzir a emissão de poluentes, controlar os incêndios florestais e proteger a saúde da população. A busca por fontes de energia mais limpas, a adoção de práticas sustentáveis e o controle efetivo da poluição atmosférica são fundamentais para garantir um ar mais saudável para todos. A conscientização e ações individuais também são essenciais para minimizar a exposição à poluição e seus impactos na saúde.

Sair da versão mobile