O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, demonstrou abertamente sua disposição de ir ainda mais longe, prometendo legalizar o aborto como um todo. Esta é uma postura que dividiu opiniões no país, mas que tem o apoio de muitos estudantes, como os que estavam reunidos na Universidade de Varsóvia, mesmo sob chuva. Eles consideram o projeto de lei para liberar o acesso à pílula abortiva a partir dos 15 anos como um “alívio” e um passo importante na luta pela autonomia e pelos direitos reprodutivos das mulheres.
A aceitação do projeto de emenda representa um avanço significativo para a Polônia, um país que por muito tempo foi influenciado pelas ideias conservadoras. A mudança sinaliza uma nova era de tolerância e abertura para debater questões sensíveis, como a do aborto. Além disso, a possibilidade de legalização do aborto também marca um ponto de virada na história do país e coloca em xeque suas tradições e valores morais.
Embora haja uma clara divisão de opiniões, com vozes contrárias à mudança, é inegável que a Polônia está prestes a viver um momento histórico em relação aos direitos reprodutivos. A luta pela autonomia das mulheres em relação ao seu próprio corpo ganha força com essa possível mudança na legislação, que pode abrir caminho para uma discussão mais ampla e inclusiva sobre o tema.
A iminente mudança no acesso ao aborto na Polônia está gerando um intenso debate não só no país, mas em toda a União Europeia, onde as questões relacionadas aos direitos das mulheres têm sido cada vez mais discutidas. Esse possível avanço legislativo na Polônia pode impactar positivamente a luta das mulheres em toda a região e representar um marco na busca por uma sociedade mais igualitária e justa.