De acordo com informações fornecidas pelo irmão mais novo de Abraão, Davi da Silva Taveira, ele recebeu uma ligação do Major Reis, do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães), na madrugada do dia 31 de agosto, informando que ocorreu um mal súbito durante o curso, resultando em uma parada cardíaca. Abraão foi prontamente atendido e encaminhado para o Hospital de Base, onde ficou internado na UTI desde então. Porém, seu estado de saúde se agravou e ele veio a falecer no dia 8 de setembro.
Abraão era primeiro-tenente da PM de Alagoas e comandante de um canil pertencente ao Bope regional. Ele estava em Brasília para participar de um curso de cinotecnia, que consiste no uso de cães em atividades de finalidade militar ou operações policiais, com duração de três meses. Davi também revelou que o curso era realizado pela PMDF, mas possuía um módulo ministrado pelo Corpo de Bombeiros.
O mal súbito que vitimou Abraão ocorreu durante um exercício no centro de treinamento dos Bombeiros, durante à noite. Ele estava prestes a finalizar o exercício, que consistia em atravessar uma rede subterrânea de manilhas de concreto, quando foi encontrado desacordado na penúltima manilha. A família de Abraão questiona as condições em que o treinamento aconteceu e exige uma investigação minuciosa das circunstâncias que levaram à morte do militar.
As instituições envolvidas no caso já abriram inquéritos para apurar os fatos. Tanto os Bombeiros do DF quanto a Polícia Militar do DF e a PM de Alagoas estão investigando o ocorrido. Além disso, a família de Abraão também buscou a Polícia Civil de Brasília para solicitar uma investigação por parte do órgão. A perícia no local do treinamento já foi realizada a pedido do delegado responsável pelo caso, e os alunos que participaram do módulo ministrado pelos Bombeiros serão convocados para prestar depoimento. A necrópsia do corpo de Abraão também foi realizada para determinar se algum elemento do treinamento contribuiu para sua morte.
Davi afirma que ainda é cedo para tirar conclusões e prefere aguardar o andamento das investigações, mas ressalta que os cursos militares exigem muito dos participantes. Ele visitou o local onde ocorreu o treinamento e descrições do circuito mostram que os exercícios eram desafiadores e envolviam submersão em manilhas com água. A família espera que a verdade sobre a morte de Abraão seja esclarecida e que as responsabilidades sejam apuradas.
Tanto a Polícia Militar do DF quanto o Corpo de Bombeiros Militar do DF se pronunciaram sobre o caso. Ambas as corporações afirmam que abriram inquéritos para apurar os fatos e circunstâncias envolvendo a morte do militar. A investigação aguarda os resultados dos laudos médicos para avançar nas apurações.
A morte de Abraão da Silva Taveira tem gerado grande comoção entre os colegas de farda e a comunidade policial em geral. A família busca respostas sobre o que realmente aconteceu e aguarda o desenrolar das investigações para se ter um entendimento claro das circunstâncias que levaram à morte do militar.
