Polícia indicia Jair Renan Bolsonaro e ex-sócio por falsidade ideológica, documentos falsos e lavagem de dinheiro em empresa de fachada.

Filho de Bolsonaro é indiciado por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro

A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e outros investigados por falsidade ideológica, uso de documentos falsos e lavagem de dinheiro. O caso também envolve o ex-sócio e instrutor de tiro de Jair Renan, Maciel Alves, preso em agosto na Operação Nexum. O relatório final da investigação foi encaminhado ao Poder Judiciário no dia 8 de fevereiro. Cabe ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) analisar o caso e decidir se oferece denúncia contra ambos para que se instaure um processo penal na Justiça.

No ano passado, foi realizada uma operação policial de busca e apreensão contra os acusados. O inquérito apontava, de acordo com os investigadores, “para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, ‘testa de ferro’ ou ‘laranja’, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas ‘fantasmas’, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas”. A Operação Nexum foi conduzida pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do DF.

Jair Renan e o ex-empresário são acusados de ter falsificado quatro relações de faturamento da empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, que era do filho do ex-presidente, entre 2021 e 2022. Segundo a polícia, o faturamento da empresa foi inflado para R$ 4,6 milhões com o objetivo de pegar empréstimos bancários. Um dos empréstimos foi pego com o banco Santander. A instituição financeira conseguiu decisão favorável na Justiça do Distrito Federal para receber do filho do ex-presidente o pagamento da dívida de R$ 360.241,11.

De acordo com os investigadores, Jair Renan utilizou parte dos valores obtidos nos empréstimos para pagamento da fatura de crédito da empresa, no valor de R$ 60 mil. A defesa do filho do ex-presidente que hoje assessora o senador Jorge Seif (PL-SC) informou que não vai se manifestar sobre o assunto. Já a de Maciel Alves não foi localizada até a publicação do texto.

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