Polícia Federal prende suspeitos de ameaçar testemunha em investigação de desvios de remédios para indígenas Yanomami em Roraima.

Na última segunda-feira, a Polícia Federal realizou a prisão de dois suspeitos envolvidos em ameaças a uma testemunha que colaborava com as investigações sobre desvios de remédios destinados aos indígenas Yanomami em Roraima. Os mandados de prisão foram emitidos pela quarta Vara da Justiça Federal do Estado e começaram a ser cumpridos no dia anterior, domingo.

As investigações tiveram início no dia 31 de janeiro, quando a Polícia Civil de Roraima e a PF encontraram caixas de medicamentos vencidos, destinados ao Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, em uma residência abandonada em Boa Vista. Além disso, havia indícios de que milhares de remédios foram queimados no local. A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde, afirmou que os medicamentos estavam vencidos desde a gestão do governo Bolsonaro.

No dia 6 de fevereiro, o proprietário da residência abandonada, que era servidor da Secretaria de Saúde de Roraima, foi preso preventivamente pela PF por suspeita de envolvimento no desvio dos medicamentos. As investigações também apontaram que outros remédios foram queimados em uma chácara de propriedade do mesmo indivíduo, localizada no município de Cantá, em Roraima.

Durante as buscas realizadas, a PF encontrou documentos que ligavam empresas fictícias à simulação de origem e destino de valores em um caminhão utilizado para transportar os remédios desviados. O proprietário do caminhão, suspeito de participar dos crimes, teria inclusive contratado um pistoleiro para auxiliar o grupo.

Uma testemunha chave que colaborava com as investigações passou a ser ameaçada, tanto virtualmente quanto presencialmente. Diante disso, as prisões preventivas dos suspeitos envolvidos foram decretadas. As investigações em andamento indicam o possível envolvimento de indivíduos ligados à Secretaria de Saúde do Estado, que estão sendo investigados por fraudes em licitações e corrupção.

Portanto, as autoridades seguem empenhadas em esclarecer os desvios de remédios destinados aos indígenas Yanomami em Roraima e em punir os responsáveis por essas ações criminosas.

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