Polícia Federal confirma apenas uma delação premiada no caso do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A Polícia Federal emitiu uma nota na noite de terça-feira, dia 23, afirmando que, até o momento, apenas uma delação premiada ocorreu nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A delação em questão é a do ex-policial militar Élcio de Queiroz, que dirigia o carro usado no crime, sendo a única confirmada pela PF até o momento.

A manifestação da PF surgiu após um site noticiar que o ex-policial militar Ronnie Lessa fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, fornecendo informações que indicariam o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro e ex-deputado estadual Domingos Brazão como mandante do crime, algo que ele nega veementemente.

“A Polícia Federal informa que está conduzindo há cerca de 11 meses as investigações referentes aos homicídios da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes. Até o momento, ocorreu apenas uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário”, afirmou a PF em seu comunicado.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, comentou as últimas notícias com cautela, reafirmando que não descansará enquanto não houver justiça. Segundo o site The Intercept, Ronnie Lessa teria afirmado que Domingos Brazão teria ordenado o atentado contra Marielle como vingança contra o ex-deputado estadual Marcelo Freixo. A PF, no entanto, não confirmou tais informações e alertou que elas podem comprometer as investigações.

A viúva de Marielle, a vereadora Mônica Benício, criticou a atuação de alguns veículos de imprensa e jornalistas, que estariam mais preocupados com curtidas e caça-cliques do que com as verdadeiras investigações do caso. Apesar disso, ela destacou a importância da imprensa no andamento das investigações e na penalização dos envolvidos.

O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes ocorreu em março de 2018, e as investigações ainda estão em andamento, sem uma data prevista para seu encerramento. A divulgação de informações que não condizem com a realidade foi destacada pela PF como comprometedora do trabalho investigativo e de exposição desmedida aos cidadãos.

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