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Polícia Civil do Rio de Janeiro prende suspeito de operar milícia chefiada por Tandera, um dos criminosos mais procurados no estado.

Na tarde de terça-feira (24), a Polícia Civil do Rio de Janeiro efetuou a prisão de um homem suspeito de ser o operador financeiro de uma milícia liderada por Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera, uma das três principais lideranças criminosas procuradas no estado. A ação foi realizada por policiais da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais), da Polinter, da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e teve o anúncio feito pelo governador Cláudio Castro, do Partido Liberal (PL).

André Felipe Mendes, primo de Tandera, foi o homem preso durante a operação. Segundo o governador, ele é investigado pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. Durante a prisão, Mendes foi encontrado na posse de uma escopeta e munições. Castro ressaltou a importância do trabalho realizado pelas autoridades: “Acabamos de dar mais um golpe duro na milícia”.

O mandado de prisão expedido contra Mendes era por organização criminosa, emitido pela Vara Especializada da capital. A defesa do suspeito não foi localizada para prestar esclarecimentos.

Os acontecimentos recentes relacionados às milícias no Rio de Janeiro têm gerado grande repercussão na cidade. Na segunda-feira (22), após a morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, um dos líderes da maior milícia do estado, foram registrados incêndios em pelo menos 35 ônibus e um trem. A situação causou transtornos no trânsito da zona oeste, com o fechamento de vias e afetando oito bairros. O prejuízo financeiro para as empresas de transporte público foi estimado em cerca de R$ 38 milhões, já que cada ônibus leva seis meses para ser reposto. Estima-se ainda que aproximadamente 2,5 milhões de pessoas foram prejudicadas pelos incêndios.

Como resposta aos ataques, seis pessoas foram presas e serão indiciadas por terrorismo. No entanto, outras seis detidas foram liberadas por falta de provas de envolvimento nos ataques ao transporte. A ação das milícias vem gerando preocupação e reforçando a necessidade de combate a essas organizações criminosas que têm causado caos e insegurança na cidade do Rio de Janeiro.

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