O pai de Daniel, André de Souza, relatou que o menino tinha medo de se afogar e, por isso, não costumava entrar no mar. No entanto, uma onda muito forte o arrastou para a água, juntamente com um adulto que tentou ajudá-lo. Os bombeiros, acionados para o resgate, conseguiram salvar o rapaz, mas não encontraram Daniel. O Corpo de Bombeiros realizou buscas diárias pelo adolescente, até que o corpo não identificado foi encontrado no mar da Barra da Tijuca, cerca de 24 km distante do local do afogamento.
Após passar por exames de DNA, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) confirmou que o corpo era de Daniel. Agora, a família busca enterrar o adolescente em Mesquita, município da Baixada Fluminense, onde residem. No entanto, a certidão de óbito e o guia para fins de sepultamento não contêm o nome de Daniel, sendo descrito como “pessoa não identificada”. Além disso, a filiação, a residência e a causa da morte não estão especificadas nos documentos.
A família reclama que o corpo de Daniel ficou demasiado tempo no Instituto Médico-Legal (IML) e, ainda assim, foi liberado para sepultamento em um cemitério em Paciência, zona oeste do Rio, que não estava de acordo com a vontade deles. Anderson Clayton Marreiros, padrasto de Daniel, relata a frustração de passar por todo esse processo e ter que enterrar o corpo sem que as informações adequadas constem nos documentos.
Até o momento, a Polícia Civil e o Tribunal de Justiça do Rio não se pronunciaram sobre o caso. A família aguarda uma solução para que possam enterrar Daniel no local de sua escolha e com todas as informações corretas na documentação que será fornecida.
