PMs da Rota prendem líder do PCC em garagem de empresa de ônibus, STJ determina soltura após 4 anos de detenção

Na última terça-feira, uma operação da Rota resultou na prisão de Décio Português, apontado pelo Ministério Público de São Paulo como o terceiro na hierarquia do Primeiro Comando da Capital (PCC). A captura aconteceu na garagem 21 da antiga Associação Paulista, agora conhecida como UPBus, uma empresa que possui mais de 200 ônibus em circulação.

Décio Português havia deixado a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em agosto do ano passado, após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça. O mesmo tribunal havia condenado o criminoso a 5 anos e 4 meses de prisão por associação a organização criminosa, mas o absolveu da acusação de tráfico de drogas. A defesa de Português recorreu da sentença e solicitou que ele aguardasse em liberdade o resultado do recurso.

Após passar quatro anos encarcerado, a prisão preventiva de Décio Português foi relaxada pelo STJ devido ao excesso de prazo no julgamento do pedido dos advogados. No entanto, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP alertou que Português é um dos criminosos mais perigosos do PCC nas ruas, juntamente com seu comparsa, que também está foragido.

Segundo informações do Gaeco, há suspeitas de que os dois fugitivos tenham se refugiado na Bolívia para evitar a ação da justiça. Por outro lado, o advogado de Silvio Luiz Ferreira, associado à UPBus, nega qualquer ligação de seu cliente com o crime organizado e ressalta que ele foi absolvido de todas as acusações. A defesa de Ferreira acusa o Gaeco de tentar incriminá-lo falsamente.

A situação continua sendo acompanhada de perto pelas autoridades e a polícia segue em busca dos criminosos foragidos. A população local permanece alerta e aguarda novos desdobramentos dessa história que coloca em evidência a atuação do PCC nas ruas de São Paulo.

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