Apesar das pesquisas apontarem a maioria votando contra o texto constitucional, ainda há uma atmosfera de incerteza em relação ao resultado do plebiscito. A polarização social reflete a polarização política do país, evidenciando um cenário de desconfiança em relação às instituições governamentais.
Em caso de rejeição do projeto, o presidente Boric praticamente descartou a possibilidade de um terceiro processo constituinte durante o seu mandato, mantendo assim o texto atual, datado da ditadura militar de Pinochet. Nesse contexto, a priorização de urgências socioeconômicas tem se tornado uma pauta influente no programa apresentado por Boric no início de sua gestão.
O cientista político também ressaltou que as derrotas eleitorais que o governo Boric tem enfrentado estão relacionadas a diversos fatores, como a inexperiência e a falta de rigidez entre seus partidos aliados, o que tem levado a um presidencialismo de minorias, sem maioria no Congresso e na opinião pública.
A população chilena se encontra dividida, refletindo uma grande brecha no âmbito político do país. As visões parciais e intolerantes predominam tanto de um lado quanto de outro, demonstrando uma falta de consenso em relação ao futuro da Constituição. Porém, a prioridade do governo tem sido focar em questões socioeconômicas urgentes, mesmo que isso signifique adiar o processo constituinte por um tempo considerado prudente.
O resultado do plebiscito ainda é incerto e o futuro da Constituição chilena permanece em aberto, com a população exigindo respostas para as demandas urgentes da sociedade. A falta de consenso e as divisões políticas continuam a marcar a realidade do país, trazendo desafios significativos para o governo e a população como um todo.