Após a restauração, que teve um custo de R$ 419 mil, a plataforma foi entregue no último dia 15, no Espaço Expressa. As estruturas metálicas da cobertura, de esquadrias, de portas e da própria plataforma foram recuperadas, além da troca de todas as telhas e da instalação de calhas e rufos. Também foram implantadas rampas com acessibilidade.
Essa obra faz parte de um projeto maior de revitalização do Espaço Expressa, que foi adquirido em 2002 e possui um custo estimado de R$ 50 milhões. A prefeitura pretende que o acervo da ferrovia, que atualmente pertence ao governo federal, seja repassado ao município para que os objetos históricos possam passar por restauro.
O contrato para a restauração da plataforma foi assinado em dezembro de 2019. O museu local da Companhia Paulista possui um acervo de 5.000 itens e recria o período áureo das ferrovias, incluindo a Sala das Senhoras, que reproduz o espaço reservado às mulheres nas antigas estações.
A Companhia Paulista foi uma das principais companhias ferroviárias de São Paulo e desbravou parte do interior do estado entre o final do século 19 e as primeiras décadas do século passado. No entanto, enfrentou problemas financeiros e foi absorvida pelo governo estadual, dando origem à Fepasa em 1971.
Além da Companhia Paulista, outras empresas ferroviárias como a Mogiana, Estrada de Ferro Sorocabana, São Paulo-Minas e Estrada de Ferro Araraquara também enfrentaram dificuldades e foram absorvidas pelo governo estadual.
A revitalização da plataforma é um passo importante para preservar a história das ferrovias no país e possibilitar que o público possa conhecer e apreciar esse patrimônio histórico. Com a reforma concluída, Jundiaí ganha um espaço cultural e turístico que contribuirá para o desenvolvimento da região.
