De acordo com o colunista, a falta de estratégia é um dos principais problemas do plano. Faria argumenta que, assim como aconteceu em outras ações federais, o programa do ministro da Justiça aposta em medidas paliativas e de curto prazo, ignorando a necessidade de políticas integradas e de longo prazo. Para ele, é preciso investir em iniciativas que ataquem as raízes dos problemas de violência e criminalidade, como a falta de investimento em educação e oportunidades de trabalho.
Outro ponto criticado por Faria é a falta de diálogo com os estados e municípios. Segundo ele, as ações do governo federal muitas vezes são impostas de cima para baixo, sem levar em consideração as particularidades de cada localidade. Para o colunista, é fundamental que haja uma cooperação entre os entes federativos e que as políticas de segurança sejam construídas de forma conjunta, levando em conta as demandas e necessidades de cada região.
Além disso, Faria ressalta que o plano do ministro Dino parece ignorar a importância do fortalecimento das instituições de segurança pública. Segundo ele, é necessário investir em capacitação, equipamentos e condições de trabalho adequadas para os profissionais da área, além de combater a corrupção e o nepotismo que ainda permeiam essas instituições.
Diante dessas críticas, torna-se necessário questionar até que ponto o plano de segurança do ministro da Justiça, Flávio Dino, será efetivo no combate às crises na segurança pública. Será que apenas medidas paliativas e de curto prazo serão capazes de solucionar problemas crônicos e complexos? Será que a falta de diálogo e de cooperação com os estados e municípios não comprometerá a efetividade das ações? São perguntas que devem ser objeto de reflexão e debate, visando uma busca por soluções mais eficazes para a segurança da nossa sociedade.