Caso as negociações com essas siglas não se concretizem, o PL também considera mulheres da própria legenda para integrar a chapa, como as deputadas Chris Tonietto e Índia Armelau. A escolha por uma mulher para ocupar a vice se deve à dificuldade do bolsonarismo em atrair o eleitorado feminino, o que foi visto como um empecilho para a reeleição de Bolsonaro em 2022.
Uma pesquisa recente da Quaest indicou que Alexandre Ramagem oscila negativamente entre as eleitoras, registrando 10% das intenções de voto entre as mulheres, contra 14% entre os homens. Isso reforça a importância de ter uma mulher na chapa para atrair esse público.
As opções de vice mantêm a linha conservadora da pré-candidatura, mas cada uma traz um diferencial. Tia Ju, ligada à Igreja Universal, é vista como alguém capaz de ampliar a diversidade da chapa por ser negra. Rosane Félix, por sua vez, tem grande penetração no meio evangélico carioca. Chris Tonietto se destaca na defesa do Projeto Antiaborto por Estupro, enquanto Índia Armelau é vista como capaz de mobilizar jovens conservadores.
A definição da vice deve ocorrer até o fim de julho, durante as convenções partidárias. O PL planeja contratar o marqueteiro Paulo Vasconcelos e já está realizando pesquisas para definir a estratégia de campanha. A intenção do partido é pulverizar as candidaturas de direita para atuar de forma mais eficiente na oposição à gestão municipal e conquistar votos de diferentes segmentos da população. Além disso, a candidatura do deputado Rodrigo Amorim (União Brasil) também busca desempenhar um papel provocativo e ofensivo contra o atual prefeito Eduardo Paes.