A pista de atletismo do Estádio Ícaro de Castro Mello, localizada no Ibirapuera, está sendo destruída nos últimos dias para a realização de uma prova de automobilismo, programada para os dias 9 e 10 de março. A pista receberá a primeira etapa da corrida Ultimate Drift, na qual os pilotos manobram os carros para deslizar com a parte traseira nas curvas.
A destruição da pista está sendo feita pela empresa responsável pela realização da prova, e a própria Ultimate Drift publicou um vídeo em suas redes sociais mostrando a remoção da pista do local. No entanto, a ação gerou críticas de pessoas contrárias ao evento, que argumentam que a destruição da pista é um absurdo.
Apesar das críticas, a empresa argumenta que o piso estava danificado e impossibilitava a prática do atletismo há anos. A Ultimate Drift afirmou que está custeando toda a retirada do piso danificado e que a restauração possibilitará a volta da prática de atletismo no futuro. A empresa não retornou aos pedidos de comentário da imprensa até o momento.
A gestão Tarcísio de Freitas afirmou que a destruição da pista se fazia necessária devido à deterioração do local e que a ação não terá custos aos cofres públicos. No entanto, a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) expressou sua preocupação com as obras e a utilização do espaço para uma corrida automobilística.
A Secretaria de Esportes informou que reuniões entre os organizadores do evento e a comunidade do atletismo estão previstas para tentar alcançar um entendimento entre as partes. A CBAt manifestou sua indignação e destacou sua preocupação com a estrutura e o histórico da pista.
Além disso, o arquiteto pelo projeto do Estádio, Ícaro de Castro Mello, foi campeão sul-americano no salto em altura e salto com vara. O estádio leva o seu nome e tem capacidade para cerca de 13 mil pessoas nas arquibancadas. Desde 2014, a pista servia principalmente como centro de treinamento para atletas profissionais e não era utilizada desde o fechamento ocasionado pela pandemia de covid-19, em meados de 2020.