As paredes da caverna revelam camadas de arte deixadas pelos homo sapiens ao longo de milhares de anos, preservadas sob uma camada de carbonato de cálcio que se formou gradualmente. A técnica de datação por urânio-tório, utilizada anteriormente, foi substituída por um método mais preciso que envolve o uso de laser para coletar amostras da rocha, permitindo uma datação mais eficiente das pinturas.
Segundo Aubert, as pinturas nas paredes da caverna de Sulawesi transcendem imagens estáticas, transmitindo informações e contando histórias que remontam ao início da civilização. Essas descobertas arqueológicas fornecem insights valiosos sobre a evolução da capacidade humana de comunicação e expressão artística.
A arte rupestre encontrada na caverna é comparável a um inseto preso em âmbar, congelada no tempo e revelando aspectos da vida e da cultura dos humanos primitivos. As narrativas visuais encontradas em Leang Bulu Sipong 4 representam um marco na história da arte e reforçam a ideia de que contar histórias é inerente à natureza humana.
Essa descoberta arqueológica reforça a importância da preservação das pinturas rupestres e do patrimônio cultural para valorizar e compreender a trajetória da humanidade ao longo do tempo. As evidências encontradas em Sulawesi lançam luz sobre o passado remoto da espécie humana e confirmam a habilidade ancestral de contar histórias como parte fundamental da identidade e evolução da civilização.