Repórter São Paulo – SP – Brasil

Piloto brasileiro desaparece na Venezuela após suposto voo clandestino para resgate de empresário de mineração

O piloto brasileiro Pedro Rodrigues Parente Neto, conhecido como Pedro Buta, está desaparecido desde o dia 1º de setembro em território venezuelano. Segundo informações da Força Aérea Brasileira (FAB), ele foi visto pela última vez na cidade de Caicara del Orinoco, localizada na região central do país vizinho.

Pedro Buta pilotava um monomotor Bellanca Aircraft, de matrícula PP-ICO, e o último registro de plano de voo da aeronave foi realizado em 17 de agosto, partindo de Boa Vista (RR) com destino à Fazenda Flores, em Amajari (RR), próximo à fronteira com a Venezuela. O sinal da aeronave foi perdido ao ingressar em um espaço aéreo sem cobertura de radar, e não há registros de nova decolagem do avião.

A FAB só tomou conhecimento do desaparecimento do piloto após o contato de sua mãe, Maria Eugenia Buta, no dia 4 de setembro. Desde então, o órgão iniciou uma busca por informações sobre um possível voo ou acidente envolvendo a aeronave e o piloto. Até o momento, as informações disponíveis não são suficientes para realizar buscas utilizando meios aéreos, mas a FAB segue em busca de informações sobre o caso.

Pedro Buta havia sido contratado recentemente para buscar o empresário do ramo da mineração, Daniel Seabra de Souza, na Venezuela, dono da aeronave desaparecida. Segundo Souza, ele manteve contato com o piloto até o dia 1º de setembro, quando Pedro Buta parou de responder suas mensagens.

Há informações contraditórias sobre a suposta decolagem do avião com outra pessoa a bordo antes do desaparecimento. A mãe do piloto contestou essa informação, questionando como o avião teria decolado sem ser visto. A família conseguiu trocar mensagens entre Buta e Souza, nas quais o piloto mencionou que desligaria o transponder da aeronave em território brasileiro antes de seguir para a Venezuela, indicando que não tinha autorização para aquele destino.

O empresário negou ter combinado o desligamento do transponder e afirmou que enviaria todas as mensagens para a Polícia Federal. A Folha tentou entrar em contato com a Polícia Federal e o Ministério das Relações Exteriores, mas até o momento da publicação deste texto não obteve resposta. A situação de Pedro Buta continua sendo investigada e novas informações podem surgir nas próximas horas.

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