Petrobras em crise: Lula foi induzido a erro pelo Ministério de Minas e Energia, ações despencam e Prates pode ser demitido

Em meio a uma nova crise na Petrobras, interlocutores da empresa afirmam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi induzido a erro pelo Ministério de Minas e Energia ao avalizar a retenção dos dividendos extraordinários da estatal. Esse episódio desencadeou uma queda significativa nas ações da empresa, levando a mais um capítulo de conflito nas entranhas do governo brasileiro.

A disputa se intensifica entre Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, e Alexandre Silveira, ministro responsável pelo Ministério de Minas e Energia. Com o temor de pressão vinda de Lula e a previsão de lucros menores, a estatal perdeu mais de R$ 55 bilhões em valor de mercado, registrando a maior queda no preço de suas ações desde fevereiro de 2021.

A demissão de Prates não está descartada, e o presidente da Petrobras terá uma reunião crucial com Lula para discutir a situação. Além disso, Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, também foi alertado sobre os riscos da decisão de reter os dividendos da empresa.

Durante uma conferência com investidores e analistas, o diretor financeiro da Petrobras, Sergio Caetano, afirmou que os dividendos retidos em 2023 não serão redirecionados para investimentos, como era cogitado pelo mercado. Prates deverá apresentar argumentos para sua abstenção no Conselho de Administração da Petrobras, justificando que uma maioria já estava consolidada e que a proposta não foi submetida a voto.

Integrantes do governo preveem que Lula cobrará explicações sobre o balanço da empresa e detalhamento do plano de investimentos durante a reunião. A permanência de Prates no cargo ainda não está garantida, e a divergência entre os ideais de modelagem da Petrobras entre a empresa e o governo federal é evidente.

Portanto, a crise na Petrobras envolvendo a retenção dos dividendos e a possível demissão de seu presidente demonstra a fragilidade das relações internas do governo brasileiro e a importância do alinhamento de interesses para manter a estabilidade econômica e o valor de mercado da estatal.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo