Essa distribuição aos acionistas será feita em duas parcelas iguais, nos meses de maio e junho. A remuneração total dos acionistas referente a 2023 é de R$ 94,3 bilhões, incluindo as antecipações aprovadas ao longo do ano passado e pagas até março deste ano.
A medida, no entanto, foi contestada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Em nota, a instituição criticou a continuação de uma política de distribuição de dividendos implementada pelo governo anterior. A FUP afirmou que a Petrobras estaria se submetendo às regras impostas pelo mercado financeiro, gerando um desequilíbrio de poder na condução da companhia e nas necessidades de investimentos.
Inicialmente, o Conselho de Administração da Petrobras havia proposto que a quantia de quase R$ 44 bilhões fosse destinada à reserva de remuneração do capital, funcionando como um colchão de segurança para garantir o pagamento de dividendos futuros. No entanto, diante da viabilidade financeira da companhia, o conselho decidiu pela distribuição de metade desse valor aos acionistas.
Em 2023, a Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, o segundo maior da história da companhia. Os conselheiros ainda poderão avaliar ao longo do ano a possibilidade de distribuir os 50% restantes do montante aos acionistas. A empresa destacou que a medida não comprometerá a sustentabilidade financeira da Petrobras.