O mercado de petróleo tem enfrentado uma série de desafios nos últimos dias, com o aumento dos estoques nos Estados Unidos e a falta de perspectiva de crescimento da demanda. Como resultado, o barril do tipo Brent chegou a cair mais de 2% por volta do meio-dia.
Em entrevista no Rio de Janeiro, Magda ressaltou que a redução dos preços dos combustíveis é uma avaliação constante da Petrobras. A estatal já opera com prêmios sobre as cotações internacionais da gasolina e do diesel, o que abre espaço para a importação por terceiros e gera expectativa de queda nos preços internos.
Na abertura do mercado, a gasolina vendida pelas refinarias da Petrobras estava R$ 0,10 por litro mais cara do que a paridade de importação calculada pela Abicom. Enquanto isso, o diesel tinha um prêmio de R$ 0,14 por litro.
Magda enfatizou a importância da competitividade da Petrobras no mercado e afirmou que a empresa vai buscar ocupar toda a sua fatia. A possibilidade de cortes nos preços dos combustíveis poderia contribuir para reduzir a pressão inflacionária, que está em alta devido ao aumento na conta de luz e a necessidade de poupar água nos reservatórios das hidrelétricas.
No entanto, a Petrobras reforça que suas decisões são técnicas e não baseadas em fatores externos. O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da companhia, Claudio Schlosser, destacou a volatilidade do mercado internacional de petróleo e ressaltou que o preço do diesel tende a subir no segundo semestre, devido à formação de estoques para o inverno no Hemisfério Norte e à redução da oferta russa.